quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Um dia de pintinho de granja



Um dia de pintinho de granja

Vamos nos encontrar depois de mais de quarenta anos! Fico imaginando a emoção que um encontro desse vai gerar em nós! Quando vemos nossas fotos daquele tempo e comparamos com nossas imagens no espelho, só nos reconhecemos pela voz dizendo: não pode ser o mesmo! Mas nos consolamos ao acreditar que nossas mães tinham razão quando diziam que seus filhos eram bonitos.

Nesse momento, também vamos ver que os quarenta e tantos anos passados foram cruéis para todos nós.  Em contra partida, tivemos nossos patrimônios crescidos e multiplicados em números e letras: quem era tamanho P, agora veste GG; as cinturas que não passavam de 90 cm, agora beiram a fita toda.

Acredito que vai ficar difícil encontrar aqueles rostinhos jovens e corpos atléticos no meio de tantas rugas, excessos e cabelos brancos se é que ainda os tem. Mas agora, somos pais, e muitos já somos avós; e naqueles rostos, estamos renascendo.

Vamos então combinar uma coisa: deixar em casa nossos problemas, escritórios, cargos, empresas, fazendas, poderes, tudo! Vamos viver um dia de pintinho de granja! Vamos viajar no tempo, ver e sermos vistos como crianças soltas num parque; nos lambuzar de boas lembranças, sujar de tanto matar a saudade, nos ralar de tantos abraços, cansar de tanto correr atrás no tempo, afinal a voz não muda!                                     

          Não podemos perder esse trem que vai nos levar num tempo mágico e maravilhoso! Tempo que não volta mais. Encontramos nessa estação!

      Francisco Bomtempo.
      Batatão.

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