Dona
Alvalinda e Dona Cecília
A Escola, em
seus primórdios, tinha um "Curso de
Extensão de Economia doméstica". Era destinado às jovens da região.
Formar moças casadoiras, donas de casa. A Dona Cecília de Assis Vieira
Costa e Dona Alvalinda Nogueira Mosqueira
eram professoras, orientadoras pedagógicas da Escola.
A Dona Cecília
era parente do Rominho (Rômulo Vieira da Costa). Muito bonita, meiga, uma voz
baixa que parecia de FADA. De certa forma ela era uma BOA FADA para o Tampinha (José Fernandes da Silveira). Era a
sua madrinha, o seu porto seguro para resolver as dificuldades que surgissem a
um menino da pequena Inhapim, longe da família. Isto é, se não me trai a
memória, nestas tardias lembranças.
Escarafunchando
o Google achei uma matéria no "O Imparcial",
jornal com mais de 120 anos de idade, falando do belo Solar dos Nogueira Mosqueira, que a Alvalinda era Tabeliã-Substituta,
possuía uma voz melodiosa e interpretava, divinamente, “Quem Sabe” do Maestro Carlos Gomes.
Isto eu não
sabia, muitas coisas eu não sabia e ainda não sei. Mas sabia que toda
quinta-feira, após o café da manhã, os alunos perfilavam em frente ao Pavilhão
Central, hasteava-se a Bandeira do Brasil e cantávamos o Hino Nacional regido
pela Dona Alvalinda.
E,
invariavelmente, o hino era interrompido porque D. Alvalinda alegava alguma
imprecisão dos patrióticos e desafinados cantores que erravam a quilométrica
letra de Joaquim Osório Duque Estrada, musicada por Francisco Manuel da Silva.
O trecho mais
comum a erro era "braços fortes".
Dona Alvalinda parava a cantoria e bradava: É "BRAÇO FORTE". "BRAÇO
FORTE" já disse.
Pode ser até
que algum gaiato, e sempre tem algum gaiato nessas ocasiões, tenha pronunciado
a frase errado de propósito. No mais das vezes, acredito que era uma forma da
Dona Alvalinda repetir o hino diversas vezes para fixá-lo em nossas mentes. Acho
que ela conseguiu.
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