João
Coelho
Faz mais de 15 anos
que escrevi um artigo sobre o João Coelho e foi publicado pelo jornal "Saca-Rolha" de Guidoval, onde ele
era um colunista com críticas ácidas, sinceras e objetivas sobre a administração
pública da cidade. Na época ele era suplente
de vereador pelo PDT (13ª Câmara
Municipal de Guidoval), no período de 01/01/1997 a 31/12/2000.
Mais abaixo, transcrevo o meu artigo, atualizando algumas
informações.
Não me causam surpresa a lucidez, a coragem e a
contundência dos seus artigos. Conheço-o desde os tempos de Rio Pomba onde era,
sem nenhum favor, o melhor aluno do Colégio
Agrícola de Rio Pomba.
Mas antes, para chegar lá a este colégio, teve que andar
toda manhã, diariamente, mais de duas léguas, à pé, para frequentar os bancos
do saudoso Ginásio Guido Marlière,
sob a orientação atenta de Mestres como o Ibsen (Salim) Francisco de Sales (professor
de Português) e do Joaquim de Freitas (professor de Matemática).
À tarde, ajudava o pai, pequeno agricultor, nos árduos afazeres
da roça, capinando ou arando terra. De noite, à luz de lamparina, fazia os trabalhos
escolares e como autodidata, estudava francês, o que lhe permitiu, nos idos de
1970, traduzir para mim, nem sei ele se lembra disso, a música francesa que
tanto sucesso fazia à época: "F...
comme femme".
Dizer-lhe inteligente e brilhante é lugar comum. Digo
assim mesmo. Formamos em 1971. Com orgulho, fizemos parte da primeira turma de
Técnicos Agrícolas do famoso Colégio fundado pelo deputado Último de Carvalho.
Com o seu talento e currículo poderia ter ingressado na
ACAR (atual EMATER), IBC, IEF, EMBRAPA ou mesmo no Projeto JARI, lá no estado
do Pará.
No entanto, preferiu voltar a Guidoval e aqui retribuir e
distribuir o saber adquirido. Constituiu família e tem duas belas filhas: Dra.
Flávia, advogada, com atuação na área Civil, Penal, Trabalhista, Família, prestando
ainda Consultoria Jurídica a várias prefeituras da região da Zona da Mata e Dra.
France, Professora no Curso de Medicina na Faculdade Governador Ozanan Coelho
em Ubá.
Por muitos anos, João Coelho, trabalhou na Minas Caixa, até que alguns políticos desastrados,
numa queima de arquivo, resolveram acabar com esta instituição financeira que
realmente, financiava os nossos agricultores.
Tímido, não é chegado a exibicionismo. Escreve poemas,
poesias, crônicas e contos. Não os divulga.
Ciente da sua cidadania, atua na política. Exerceu a
Vereança na 14ª Câmara Municipal de
Guidoval no período de 01/01/2001 a 31/12/2004.
Os seus artigos dignificam a tribuna do Jornal Saca-Rolha.
Não lhe invejo o talento, mas admiro a sua coragem igual à dos sertanejos de Euclides
da Cunha, ao dar voz e ressonância aos anseios dos mais humildes e desprovidos.
Não se intimide e continue a sua luta, colega e amigo
João Coelho, a quem rendo minha homenagem.
Muito bonito o texto. Lembro-me de João Coelho no CARP, foi sem duvida um dos melhores alunos daquele colegio. Meu abraço a você, Dé !
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